Archive for abril 2011

Blogs de moda e a eficiência da moda


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É desesperadora a quantidade de blogs de moda que têm aparecido nesses últimos anos. Claro, não vou investigar ao ponto de fazer um levantamento quantitativo, mas são realmente muitos. Não sei se vocês tiveram a mesma impressão que eu, mas um dia me levantei, fui pesquisar no Google e recebi milhões de resultados. Ok, não foi tão "dramático" assim... Uma coisa é fato: todo mundo quer andar na moda e todo mundo quer "palpitar" sobre moda.

Não sou dessas liberais, não acho que moda seja definida pela frase: "quem faz a moda é você" ou "eu visto o que eu gosto e isso é moda". Acho que moda é mais do que simplesmente pedaços de tecidos costurados, gerando uma peça que cobrirá um corpo. Acho que moda é arte, é cultura, é política, reflete sentimento, personalidade, momento político, histórico, sociedade, costumes... enfim.

Agora, voltando aos blogs de moda, não tenho e nunca tive nada contra a liberdade de expressão, acho inclusive que a Internet é um meio ímpar, que reúne ferramentas realmente eficazes para a disseminação da informação, mas é realmente assustador como esses blogs cresceram nos últimos anos. "Todo mundo" tem um blog de moda hoje. Nossa, falam sobre o que usar, postam fotos dos seus looks, ensinam como combinar, como sobrepor, como calçar, como "estilizar"...posso dizer que hoje temos várias Glórias Kalil virtuais. Engraçado como algumas se tornam uma espécie de "divas da rede", encarando um "personagem" que só existe na frente da tela do computador. É interessante essa troca de personalidade, se estivesse num curso de psicologia ou se ainda estudando comunicação, esse assunto seria um tema que iria pensar para desenvolver uma monografia. Acho tudo isso muito interessante: a mudança de personalidade no meio virtual.

O problema desses tantos "personagens" são os tantos "palpites" de moda, nem tão corretos assim, mas igualmente interessantes, por vezes impactantes e geradores de novas blogueiras de moda a cada dia. E viva à liberdade de comunicação e aos blogs de moda!


"As pessoas complicadas são as mais interessantes"


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Sempre fui a favor de conversar pela Internet, quem diz que não é a mesma coisa é porque ainda não encontrou seus amigos e ainda não teve nenhuma conversa de substâncias entre as teclas de um computador. Pois bem, num dia desses, conversando com dois amigos, com dois perfis distintos, me vieram as duas frases:

- "Pessoas complicadas são as mais interessantes"
- "Não quero ninguém, mas alguém me faz falta"

Como já deu para perceber, estávamos falando de amor, na mais verdade, sobre relacionamentos, sobre término de relacionamentos. Quanto mais longos, mais complicados, mais enraizados, mais doloroso o término. Eu ainda acredito em amor por toda a vida, em um único parceiro, em se apaixonar a cada dia e em casamento até que a morte "nos separe". É difícil assumir isso nos dias de hoje, mas é verdade. Por isso ainda sofro tanto, ainda me dói tanto não ter alguém do lado. Como essa minha amiga disse: não é de uma pessoa específica que sinto falta, e sim de alguém. Alguém para não só amar, para cuidar, para dividir, para brincar, para....São tantas coisas. É como uma ferida: umas vezes ela está superficialmente sarada, mas há dias em que parece abrir e dilacerar de dor. É difícil e ainda dói muito.

Sinto falta do cheiro de alguém, de dormir de conchinha, de ter por alguém guardar um pedaço do bolo da festa de família, de poder contar com alguém. Amigos não fazem isso por você, eles te ajudam até certo ponto, mas não existe ninguém que consiga preencher o que um amor preenche. Por isso meu amigo me falou: "Pessoas complicadas são as mais interessantes". Depois de uma conversa com substância, alguém poderia simplesmente dizer "estou feliz assim, estou bem". Não é verdade! Não acredito que existe uma pessoa no mundo que viva feliz sem alguém para amar. Por isso ainda sou a favor de casamentos que durem pra vida toda, de filmes e livros de romance, de floriculturas que vendam kits para namorados...Sou a favor do amor e de tudo que ele possa me oferecer.

Esse não é um texto sobre amor, é um texto sobre a falta dele.

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